Câmara rejeita acompanhamento
de serviços públicos municipais
Foi rejeitada nesta terça-feira (21) pela Câmara a formação de uma comissão de vereadores para verificar as condições de funcionamento de próprios e serviços públicos municipais. Apenas dois vereadores votaram a favor da proposta: seu autor, José Crespo, e Izidio Correia.
Em abril, Crespo recebeu, de um pai de aluno, informações sobre a precária manutenção na escola municipal Matheus Mailasky: falta de portas em banheiros e vasos sanitários quebrados, goteiras impedindo o uso da quadra esportiva em dias de chuva e também em corredores internos, além da falta de piso apropriado na área de lazer, gerando o risco de acidentes com os alunos.
Entendendo que irregularidades como aquela poderiam estar ocorrendo em outras escolas da rede municipal de ensino, ao invés de elaborar um simples pedido de esclarecimentos ao prefeito sobre um caso pontual, Crespo propôs a formação de uma comissão (agora rejeitada) para verificar a situação de funcionamento de outros órgãos municipais.
A rejeição daquele requerimento (nº 767) envolve fato marcante: é a primeira vez, em quatro anos, que os vereadores da base de apoio ao prefeito na Câmara se unem para arquivar uma matéria desse tipo, considerada inconveniente aos interesses do Executivo.
Antes daquele requerimento, só no dia 15 de maio de 2007, a Câmara havia rejeitado uma matéria desse tipo, que continha um inofensivo pedido do vereador Francisco França (a transcrição, nos anais da Casa, de um editorial publicado pela imprensa local).
O vereador Crespo não entende a negativa de se formar uma comissão que iria apenas verificar como estão funcionando órgãos públicos municipais, sem poderes para colher depoimentos ou tomar qualquer medida concreta imediata diante de alguma irregularidade:
- O problema da falta de manutenção da escola Matheus Mailasky mencionado por pai de aluno certamente já deve ter sido resolvido pela Prefeitura e talvez nem ocorram casos daquele tipo em outras escolas. Por isso, não dá para entender a rejeição do requerimento, dando a nítida impressão de que neste caso vale o conhecido citado popular de que onde há fumaça há fogo. Quem não deve não teme, assevera outro provérbio, considera o vereador Crespo.
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